quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Filosofando...

Essa semana, acabei de ler um livro um tanto quanto viajado e interessante: Quem se atreve a ter certeza? A realidade quântica e a filosofia. Teve uma parte dele em especial que me chamou a atenção: “Toda nova conquista de natureza científica, todo novo conhecimento, nos dá e nos tira algo ao mesmo tempo. Quando Adão comeu pela primeira vez o fruto da árvore do conhecimento, seus olhos se abriram e ele soube que estava nu, mas perdeu o paraíso. Essa história também vale para os conhecimentos da astronomia atual. Por meio dela, tomamos conhecimento de que estamos em um universo imenso e ilimitado. Mas o preço desse conhecimento é grande. Segundo ele, estamos em um pequeno inseto que flutua sobre uma ostra no oceano. Nós, portanto, encontramo-nos sobre um grãozinho de pó tão diminuto que o universo não sofreria o mínimo abalo se ele fosse arrastado por um sol e desaparecesse repentinamente. É como o viajante de automóvel que vai de uma cidade a outra sem tomar conhecimento da formiga que a roda de seu carro esmaga na estrada.” Isso para mim é tão inquietante... Foi por coisas desse tipo que eu parei de ler o Mundo de Sofia, há muito tempo atrás. Eu ficava pensando, pensando, pensando... Mas não chegava em lugar nenhum. Eu acho que quanto mais você pensa nisso, mais perguntas aparecem... Você acaba entrando num loop infinito... E aí no final do livro, ele mostra as crenças de alguns físicos, filósofos e matemáticos sobre o mundo quântico [que eu nem me atrevo a falar aqui]. “Fred Wolf acreditava que não existia a realidade na ausência do observador. A observação é que cria a realidade. E o filósofo [e matemático] Bertrand Russel, um dos adeptos dessa hipótese, afirmava: ‘Nesta filosofia, eu me sentia completamente confortável. Havia um prazer curioso em se fazer crer que o tempo e o espaço não eram reais, que a matéria era uma ilusão e que o mundo realmente não consistia em nada além da mente.’”
Eu só queria entender o que se passa na cabeça desse povo para conseguir pensar numas viagens dessa... Enfim... Recomendo a leitura, para quem está a fim de viajar um pouquinho pelas fronteiras da ciência [e filosofia].

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